quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Um mês, enfim

Amanhã se encerra o primeiro (longo) mês de dieta. Numericamente falando (acho que estou um pouco contaminada pelo ambiente quantitativo do mercado financeiro), 4,9 kg foram pro ralo. Não parece muito, especialmente para quem tem que emagrecer tanto, mas pense que é praticamente um sacão de arroz. Como tenho tendências à auto-indulgência, resolvi me presentear com um vestido novo (pelo menos não foi com comida, embora não possa negar que isso tenha passado seriamente pela minha mente gorda).

Mas acho que o mais importante, neste primeiro momento, está menos ligado ao peso e mais a uma espécie de auto-conhecimento. Ou de re-auto-conhecimento, já que, na verdade, eu sabia de tudo isso que vou falar agora, mas ou bem havia esquecido ou bem fazia de conta que não sabia. É a famosa negação.

E do que se trata então? Trata-se de conhecer os próprios mecanismos. Neste 30 dias anotando calorias, monitorando o peso diariamente, prestando atenção ao que é ingerido, eu cheguei a algumas conclusões. A primeira delas é que o calcanhar de Aquiles é mesmo o álcool. E não adianta algumas pessoas à minha volta falarem para eu parar de beber de vez, porque isso simplesmente não vai acontecer.

Não que eu seja a maior alcoólatra da face da Terra, mas o álcool faz parte da minha socialização. É o momento em que eu relaxo, converso com os amigos. É também um dos momentos em que eu deixo de ser "sócia" do meu marido e volto a ser amiga, namorada, que a gente bate papo, dá risada. É isso, ele tem um papel importante. Então ele fica.

Mas tem uma coisa que eu sei de longa data. Quando dou uma escapadela da dieta, fica muito mais difícil voltar. Passo várias dias seguidos ingerindo as benditas 15000 calorias. No começo é difícil, mas depois o corpo vai se acostumando. Aí dou aquela enfiada de pé na jaca um dia (ou um final de semana inteiro, para ser honesta). E, na segunda-feira, fica de novo difícil comer apenas 1500 calorias. Dá uma fome de diabo da Tasmânia.

A parte positiva é que tenho conseguido voltar. O lado negativo é que existem, na verdade, vários lados negativos. O primeiro é esse aí que falei acima: fica mais difícil voltar. E, embora esteja conseguindo voltar sempre, quem garante que eu vá continuar conseguindo? Se você fica sempre testando o que é mais difícil para você, aumenta a probabilidade de que uma hora você não consiga mais fazer aquilo.

Outro aspecto ruim dessa história é que uma noite de álcool significa pelo menos dois dias sem emagrecer um grama. Se eu tomar algumas cervejas numa noite, passo dois dias sem emagrecer. Se eu enfiar o pé na jaca durante um final de semana inteiro, como fiz na praia, engordo 1 kg, que foram suados para perder e que terão de ser suados novamente. Ou seja, é quase uma semana inteira jogada no lixo.

Imagino que, se não fosse pelo álcool, talvez eu tivesse emagrecido algo entre 6 kg e 7 kg neste mês. Então alguma coisa precisa ser feita. Fevereiro tem duas metas. Uma é esta: reduzir o consumo de álcool. Em vez de beber todo final de semana, vou intercalar: bebo um sim, um não. Isso já seria reduzir o consumo pela metade. E tem que ficar restrito a uma noite só.

A outra meta é colocar o exercício direito na jogada. Academia três vezes por semana, hein, dona Alessandra? Eu preciso desesperadamente de exercício, não só (mas também) para emagrecer e tonificar, mas principalmente para ganhar agilidade, que eu me sinto muito "entrevada", como uma velha de 92 anos (não mais do que isso, tá?). Então preciso, preciso, preciso. Probleminha: isso envolve abrir mão de horas de sono, o que me dá um desespero antecipado. Mas é isso aí, a vida é assim mesmo, ninguém disse que seria fácil, no pain, no gain e todos os outros chavões do gênero de que vocês conseguirem se lembrar. Move that fat ass!

Agora deixo vocês com uma foto tirada ontem, exatamente com a mesma roupa de um mês atrás, quando comecei a dieta (e este blog). Dá para notar alguma diferença? Vamos fazer assim: sejam honestos, sem passar pano na realidade, OK? Prometo não magoar nem guardar rancor secretamente de quem disser que eu continuo tão gorda quanto sempre. E pelamordedeus, deixem algum comentário, que eu me sinto a maior solitária das galáxias escrevendo para o além. Feedback, people!

Eu, 5 kg menos gorda do que há 30 dias.


5 comentários:

  1. Oi Lê!!
    Tô adorando teu Blog!

    Dá pra notar a diferença principalmente no rosto. Parece bem menos inchado!

    Mas sabe o que eu queria ver mesmo? A aliança no dedo. Pq na outra foto, de um mês atrás, parece que ela vai partir teu dedo no meio e fiquei curiosa para saber como está agora. Mostra aí! :-)(Vamos seguir a Teoria do João e Maria)

    Quanto ao álcool, acho queo melhor é vc fazar como averiguou que dá certo: trocar o álcool pelo vinho. Menos calorias. Aproveite que agora o tempo esfriou um pouco.


    Beijão e força! Estamos na torcida e na escuta. Ou no caso, na leitura.... rs.
    GRA

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  2. EEhhh, carinha mais magra sim!! A foto tá muito distante!! E quanto ao álcool, o negócio é controlar a quantidade. Uma taça de vinho ou uma latinha não fazem mal a ninguém. Seu exercício é esse, tomar apenas uma. Bjs

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  3. Oi Alê, ja da pra notar sim...sugestao as proximas vezes coloca uma foto do lado da outra que vc vai notar bem!! E segura essa onda pois fevereiro tem carnaval.... Logo logo vc vera essas fotos como um passado distante... bjkas !!!

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  4. Uma caipirinha de vodka com adoçante vai te deixar no grau e o estrago não será eterno. Palavra de escoteira!

    Quanto à fotinho, dá pravnotar até sua maior felicidade no click atual! Vá com tudo!

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  5. Puta merda. Álcool é foda. Foda. Agora lembrei da consulta da última sexta, com o endócrino. Chamemos de Dr. Mexerica, combinado? "Está cometendo um suicídio, senhora Flavia?" Não dotô Mexerica, só tomei uma cervejinha. Aí, depois de me relatar o caso de uma paciente que quis aderir à dieta, mas q não queria abrir mão do ritual da pizza de toda sexta, e q ele teve q dar um hipnótico (sim, é verdade), ele foi além: "Senhora Flavia, vai pro bar, toma muita água e/ou água tônica diet. Em último caso, pegue uma colher de chá (D-E-C-H-Á, não de sopa) e coloque cerveja; leve à boca; fique o tempo que aguentar com essa cerveja (?) na boca". "E depois, dotô?", perguntei indignada. "Depois vc cospe, não pode engolir". What the fuck?! Me senti como os drogados que são acorrentados pelos parentes. Foda. Só isso q eu digo.

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