sábado, 25 de maio de 2013

Uma despedida

Boa noite (boa-noite tem hífen, acreditem, assim como bom-dia e boa-tarde, mas eu me recuso a escrever isso). Meu nome é Alessandra e eu não como carboidratos há 13 dias. É, enfim, fiz a dieta que a nutricionista passou. A primeira fase acaba amanhã. Depois, na terça, um dia de dieta líquida e mais uma semana em que voltam apenas as frutas.

Querem saber como foi? Uma palavra: foda. Foi foda. Bem foda. Comecei com um dia de dieta líquida. Depois duas semanas sem carboidrato. Sem carboidrato mesmo, inclusive sem fruta. Isso significa que sua vida se resume a proteínas magras e folhas verdes. Uma porção de legumes no almoço e outra no jantar. Sabe o que é uma porção de legumes? Meio tomate. Repito: MEIO TOMATE!!!

O primeiro dia foi horrível. Voltei pra casa com uma fraqueza... Depois por uma semana fiquei bem, tranquila. Com exceção de sábado passado e daqui a pouco eu conto por quê. Agora, nos últimos dias, voltei a não ficar bem. Dor de cabeça, dor no corpo, um pouco de náusea e um saco bem cheio.

Valeu a pena? Bom, lá se foram 5,5 kg e agora posso dizer do que se trata a despedida do título. Eu me despedi oficialmente dos 3 dígitos. Acordei hoje com 99,2 kg. Bom, lembrem-se de que eu comecei esta dieta com 115,6 kg. Façam as contas aí. Tive uma semi-epifania quando vi o número na balança. OK, eu sei que ninguém em sã consciência acha legal pesar 99 kg, mas a gente comemora o que tem, né? E eu estava precisando desse gás pra dar um ânimo.

Envolveu uma disciplina que não estou muito acostumada a ter: chegar em casa todos os dias e preparar TUDO o que eu ia comer no dia seguinte: o café da manhã, o lanche da manhã, o almoço e o lanche da tarde. Levar toda a marmita pro trabalho no dia seguinte, comer no trabalho todos os dias, abrir mão de socializar com os colegas na hora do almoço. Mas o resultado foi esse aí.

Agora, como eu falei, vou contar a provação maior desse período. Sábado passado teve uma festinha de criança para ir. Vou passar as informações necessárias para que vocês tenham noção do que eu passei. Sábado passado foi a Virada Cultural em São Paulo. E eu, como se sabe, moro no Centro. Ou seja, fiquei meio ilhada em casa, com as ruas interditadas, sem poder sair com o carro. A festinha foi no Ipiranga. Então peguei o metrô e um táxi até o prédio onde seria o aniversário. Até aí foi tudo bem.

Chegando lá... Era um buffet de pizza... Aquele cheeeeeiro de pizza, todo mundo tomando vinho, cerveja, comendo bolo e brigadeiro. E eu tomando um copo de água depois do outro. Saquei meus dois rolinhos de queijo e peito de peru e mandei pra dentro. Só que é muito, muito difícil ficar 4 horas num lugar assim passando por isso, especialmente para quem não está acostumado a se privar de comida. Chegou uma hora em que eu estava com fome e cansada e só queria ir para casa.

Mas... Como eu disse, estava rolando a Virada Cultural, então a única forma de chegar em casa era de metrô. E eu precisava chegar até o metrô. E estava numa rua residencial, onde não passava táxi. Então não tinha como ir embora. Esperei minha amiga para me dar uma carona até o metrô. Com foooome, dor de cabeça. Mas... Como eu disse, pela terceira vez, estava rolando a Virada Cultural... Aí o metrô estava lotado e um clima de bagunça pesada. Desci com a minha pequena no meio da multidão e... A saída do metrô que fica perto da minha casa estava fechada. A pequena cansada, com medo, eu cansada, com fome e a gente tentando atravessar uma multidão de 4 milhões de pessoas para chegar em casa.

Bom, levou 40 minutos com ela chorando e eu tentando controlar meus nervos, mas, enfim, chegamos em casa, sãs e salvas. E eu não saí da dieta. A recompensa veio em forma de calça jeans. Explico. No Dia dos Namorados do ano passado ganhei do marido um casaquinho com corações (own, ti fofo) e uma calça jeans. O casaquinho serviu, mas a calça... Não passava nem do meio da coxa. Resolvi não trocar a calça e deixar ela lá, para o dia em que finalmente tivesse coragem de começar a dieta. Quando comecei, provava a calça a cada 2 ou 3 kg perdidos. Então vi a calça subir mais um pouco, passar no quadril e os dois botões se aproximando. Até que nesta semana ela por fim fechou. Um ano depois vamos comemorar o Dia dos Namorados com a calça que ele me deu. É bobo? I guess, but I don't care.

Bom, deixo vocês de novo com a comparação da foto. A primeira é a de hoje e a segunda, do ano passado. E ainda faltam 9 kg para bater a meta do ano. Então, mesmo que este blog tenha cada dia menos leitores, ele vai continuar.

See you!


terça-feira, 14 de maio de 2013

Metade do primeiro terço

Eu já falei aqui 250.999 vezes que a dieta tá aí, seguindo seu rumo e que o problema começa com ál e termina com cool. Estamos todos cientes disso, né? Não tem mais o que dizer. Bom, o ano se aproxima da metade e a metade deste ano é também a metade do primeiro terço que estabeleci como meta para eliminar os 55 kg que se acumulavam em mim quando me joguei nessa empreitada.

A meta (não mais secreta) que tenho em mente é terminar 2013 com 90 kg, 2014 com 72 kg e 2015 com 60 kg. Sim, eu sei, é uma meta de longuíssimo prazo e difícil de tangibilizar. Mas eu sou assim. Gosto de planejar tudo para daqui a 20 anos: os cursos que eu vou fazer, as coisas que vou comprar, o rumo que vou dar para a minha carreira, os filmes que vou ver, os livros que vou ler e até os cursos que eu acho que o marido deveria fazer, coitado. Se as coisas vão sair conforme planejado são outros 500s. Muito provavelmente não, mas eu gosto de planejar. Para mim, o planejamento em si já é um processo divertido.

Mas agora, back to reality. Vamos a uma meta mais próxima: a verdade é que eu gostaria de chegar ao meu aniversário de 37 aninhos, em 5 de julho, pesando dois dígitos. Para isso, ainda preciso emagrecer 3 kg. Falta 1 mês e 20 dias. Dá pra fazer numa relax, numa tranquila, numa boa.

Neste final de semana enfiei o pé na jaca como não fazia há muito tempo. Na sexta mandei pra dentro um hamburgão e à noite tomei as minhas fatídicas 5 long necks. No sábado abocanhei um delicioso sorvete da baccio di latte e, no domingo, para fechar com chave de ouro, filei o almoço de dia das mães na casa de uma amiga. Bebi quantidades industriais de álcool e comi, comi, comi. Só coisa levinha, né? Nhoque, pernil, salpicão. Bêbada e empanturrada. Homer Simpson ficaria orgulhoso.

Na segunda o ponteiro da balança foi inclemente e subiu 1,8 kg sem a menor piedade. Eu poderia ter voltado à dieta normal, porque sei que em uns 4 dias estaria de volta ao peso de antes da esbórnia. No entanto, senti que agora, depois de mais de 4 meses, eu estava pronta para uma coisa mais power. Essa coisa de "sentir que tá pronta" é brega demais, né? Parece papo de celebridade B na Caras ou de gente esotérica. Mas, enfim, foi isso mesmo, senti que estava pronta.

Assim que saquei a dieta que a nutricionista havia proposto lá em janeiro e eu não tinha tido coragem de fazer. Relembrando: começa com um dia de dieta líquida, depois 15 dias sem carboidrato at all, depois mais um dia de dieta líquida, depois uma semana reintroduzindo alguns poucos carboidratos (frutas, basicamente), depois mais um dia de dieta líquida e, por fim, começa uma dieta com todos os grupos alimentares bem parecida com a que eu vinha fazendo.

Ontem foi o primeiro dia, com a dieta líquida. Passei bem. Hoje o primeiro dia sem carbo. Foi foda. Foda, foda, foda. Entenderam? Foda. Cheguei em casa fraca de fome. A nutri disse que são 3 ou 4 dias de desespero, depois passa. Vou acreditar nela. Eu venho fazendo as coisas apenas do meu jeito há muito tempo e não necessariamente dá sempre certo, então vamos ouvir outra pessoa, especialmente uma que vive disso.

É isso aí. Se eu não voltar mais, é porque estou internada em algum hospício por ter enlouquecido com a falta de carboidrato. Um pão, pelamordedeus!