terça-feira, 13 de agosto de 2013

38 dias

Quem escreve um blog sobre algum tema de sua vida pessoal (vida de casado, maternidade, viagens, a vida em outro país etc.) sabe que o mais difícil é manter o interesse (o próprio e o dos outros) depois de algum tempo falando sobre a mesma coisa. Tudo cai na rotina e vira mais do mesmo. Não é à toa que tantos namoros e casamentos acabam por esse motivo. A rotina... Ah, a rotina...

Dieta é assim também. No começo é muito difícil, depois fica menos difícil. Conforme o tempo passa, você decora o valor calórico de absolutamente tudo, as quantidades que pode comer, sabe o que faz mais ou menos efeito em você, passa a sentir menos fome e a dieta finalmente é incorporada à sua vida. Eu sou capaz de dizer com uma precisão bem razoável quanto estarei pesando no dia seguinte dependendo do que eu comi.

Então você acha que a sua vida tá resolvida e que você pode predizer com algum grau de certeza quando atingirá as metas que traçou. Só que a vida é mais do que isso, né? É bem mais tortuosa e bem menos preto no branco do que uma simples contagem de calorias. E foi assim que os últimos 38 dias foram uma bagunça total. E posso dizer que a bagunça da dieta foi o que menos pesou nesses 38 dias.

Começou em 5 de julho, meu aniversário de 37 aninhos (sim, eu sei, pareço incrivelmente mais jovem, obrigada). Saí para jantar com a little family + irmã e cunhado. Outback, não pode prestar. Mas beleza, era aniversário. Nesse mesmo dia, saí de férias. Fiquei mais uns dias em São Paulo tentando manter algum controle e depois fui pra minha mãe. Aí doce de abóbora, feijão com paio etc. e tal. Foda.

Depois começamos uma pequena viagem de carro por algumas cidades de Minas. Fiquei pensando que talvez essa não fosse a viagem mais adequada para um ser humano com restrições alimentares, mas, enfim, foi o que fizemos, também devido a outro tipo de restrição, a financeira. Fomos pra Monte Verde (lindo e frio do capeta), São João del Rei (fofa) e Belo Horizonte. Quando chegamos em Belo Horizonte, a filha teve um dia de febre alta. Depois melhorou e fomos dois dias pra Inhotim (quem ainda não foi TEM que ir). Tudo bem.

No quarto dia a pequena piorou. Fomos parar no hospital. Lá se foram 8 dias internada, com uns sintomas bem sérios, sem um diagnóstico definido e algumas hipóteses bem bizarras. Hoje, finalmente, 22 dias depois desse pesadelo ter começado, a médica parece ter finalmente afastado a possibilidade mais assustadora. Disse que tem mais cara de ter sido uma... virose!!!! Virose, acreditam nisso? Normalmente eu ficaria muito p da vida de ouvir isso, mas, dadas as circunstâncias, foi um alívio imenso. Ainda tem mais investigação aí pela frente, mas o pior parece ter ficado definitivamente para trás.

Bom, vocês já devem ter entendido, a essa altura, que a dieta foi pro espaço nesse período. Meu plano era voltar aqui, neste blog, apenas quando atingisse minha próxima meta, de 92 kg, que era o peso que eu estava quando voltei de licença-maternidade, mas não deu. Em 5 de julho, quando o descontrole começou, eu estava com 95,8 kg. Agora estou com 96,5 kg. Diria que o estrago até que não foi tão grande, né? Será que estou sendo auto-indulgente? Maybe.

Por sorte voltei a ganhar a tranquilidade de que eu precisava para retomar esse caminho meio budista em que preciso me manter (embora repita que esse é um probleminha bem pequenininho perto do que rolou). E agora estamos aí, a 4,5 kg desse meu número mágico de 92 kg. Também por sorte pude contar com todas as pessoas maravilhosas que me cercam nesse período e tenho um cara pra lá de bacana aqui em casa que me incentiva e lava, pica e corta legumes quando vê que estou desanimando, além de me chamar para a realidade e me dar uma bronquinha. Tudo com aquele jeito fofo dele.

Vamos fazer uma apostinha? Quanto tempo vocês acham que eu vou levar para chegar nos 92 kg? Minha meta é escrever o post dando essa notícia em 31 de outubro. Tá bom pra vocês?